Doenças Mais Recentes Descobertas na Ciência Tratadas pelo Neurologista
Por Via Internet • 28 de maio de 2024
Por Via Internet • 28 de maio de 2024
O campo da neurologia tem visto grandes avanços nos últimos anos, com a descoberta de várias doenças neurológicas novas e emergentes. Estas condições complexas aumentam o conhecimento científico e clínico dos neurologistas, o que permite diagnósticos e tratamentos mais inovadores. Este artigo examinará algumas das doenças neurológicas mais comuns, destacando seus sintomas, causas e tratamentos.
Na última década, a encefalopatia autoimune ganhou mais atenção. Caracteriza-se por inflamação do cérebro causada pelo sistema imunológico do paciente que ataca as células cerebrais indevidamente.
Frequentemente relacionada a infecções virais ou bacterianas que causam uma resposta imunológica incomum. Alterações cognitivas, convulsões, distúrbios do movimento, problemas de comportamento e até psicose são alguns dos sintomas.
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Para reduzir a resposta imune, o tratamento usa imunossupressores, como corticosteroides e imunoglobulina intravenosa (IVIG). Em algumas situações, a plasmaférese é necessária. A intervenção e a detecção precoces melhoram os resultados dos pacientes.
A encefalite de Rasmussen é uma doença inflamatória rara que afeta um hemisfério do cérebro. Convulsões frequentes e deterioração neurológica progressiva são os resultados desta doença.
A causa exata é desconhecida, mas acredita-se que seja uma resposta autoimune do sistema imunológico. Convulsões severas, perda de funções motoras e cognitivas e hemiparesia (fraqueza de um lado do corpo) são alguns dos sintomas.
Os tratamentos para a encefalite de Rasmussen podem incluir terapias imunomoduladoras, como imunoglobulinas e corticosteroides, bem como terapias anticonvulsivantes. Casos graves podem exigir a hemisferectomia, que é a remoção cirúrgica de um hemisfério cerebral.
A doença muscular inflamatória conhecida como miopatia necrotizante imunomediada (MNIM) é caracterizada por grandes dores musculares e necrose nas fibras musculares.
Infecções, medicamentos como estatinas e doenças autoimunes podem causar a MNIM. Fraqueza muscular progressiva, dor muscular e aumento dos níveis de enzimas musculares no sangue são os sintomas principais.
Para controlar a resposta imunológica, o tratamento geralmente inclui o uso de imunossupressores, como corticosteroides e metotrexato. Para manter a força e a funcionalidade dos músculos, a fisioterapia é frequentemente recomendada.
A síndrome da encefalite pós-infecciosa anti-NMDA é causada por anticorpos que atacam os receptores NMDA no cérebro depois de uma infecção viral ou bacteriana.
Após uma infecção, como herpes ou gripe, eles geralmente apresentam sintomas neurológicos e psiquiátricos, como convulsões, alucinações, comportamento agressivo, perda de memória e movimentos involuntários.
A imunoterapia inclui corticosteroides, IVIG e rituximabe. Para lidar com os sintomas comportamentais e cognitivos, é necessário suporte psiquiátrico e psicológico.
A tireoidite de Hashimoto, uma doença autoimune da tireoide, é acompanhada por uma condição rara chamada doença de Hashimoto encefalopática.
Inclui a resposta imune do corpo ao tecido cerebral. Em casos severos, os sintomas podem incluir confusão, crises epilépticas, tremores e até mesmo coma.
O uso de corticosteroides faz parte do tratamento para diminuir a inflamação e a resposta autoimune. Além disso, é crítico monitorar cuidadosamente a função tireoidiana e tratar adequadamente qualquer disfunção tireoidiana subjacente.
A doença de Moyamoya é uma condição vascular rara que leva ao estreitamento gradual das artérias cerebrais. Isso resulta em menor fluxo sanguíneo ao cérebro e maior risco de AVC.
Embora a causa exata da doença Moyamoya não seja conhecida, fatores genéticos podem ter um grande impacto. Os sintomas incluem dores de cabeça, convulsões, dificuldades cognitivas e sinais de acidente vascular cerebral, como fraqueza e perda de visão.
Para melhorar o fluxo sanguíneo, procedimentos cirúrgicos, como a revascularização cerebral, podem ser incluídos no tratamento. A reabilitação neurológica pode ajudar a recuperar as funções perdidas, enquanto medicamentos anticoagulantes e antiplaquetários são usados para prevenir AVCs.
A síndrome de Susac é uma doença autoimune muito rara que afeta as microvasculaturas dos ouvidos internos, olhos e cérebro.
Existe uma resposta autoimune que resulta na inflamação e oclusão de vasos sanguíneos pequenos. Encefalopatia, perda auditiva neurossensorial e retinopatia são alguns dos sintomas.
Os imunossupressores, como corticosteroides, azatioprina e micofenolato mofetil, são a base do tratamento. A intervenção imediata pode salvar os órgãos afetados.
A inflamação do nervo óptico resulta de uma resposta imunológica anormal que causa perda de visão, conhecida como síndrome de neurite óptica autoimune.
Pode ocorrer isoladamente ou estar relacionada a doenças como esclerose múltipla. Os sintomas incluem perda súbita de visão, dor ocular e, às vezes, dor de cabeça.
O tratamento inclui corticosteroides para diminuir a inflamação e, ocasionalmente, terapias imunomoduladoras para evitar recidivas.
Uma doença recentemente identificada é a síndrome de encefalite da fase REM do sono, que se caracteriza por comportamentos anormais que ocorrem durante a fase REM do sono, como falar, gritar ou mover-se violentamente.
A causa pode ser uma infecção ou estar ligada a outras condições neurológicas. Os sintomas incluem sonhos intensos e ações anormais durante o sono REM.
Para controlar os sintomas, medicamentos como clonazepam e melatonina são usados como tratamento. A mudança do ambiente de sono para evitar lesões também é importante.
O campo das doenças neurológicas que foram descobertas recentemente é dinâmico e em constante evolução. Os neurologistas podem melhorar a qualidade de vida dos pacientes identificando, estudando e tratando essas condições. Novos tratamentos e métodos diagnósticos serão desenvolvidos à medida que a pesquisa científica prossiga, trazendo esperança e soluções para condições que antes eram consideradas impossíveis de resolver.
Para garantir que neurologistas e outros especialistas estejam atualizados sobre as mais recentes descobertas e avanços terapêuticos, os sistemas de saúde devem investir em programas de treinamento e educação contínuos para profissionais de saúde. Somente usando os dados científicos mais recentes poderemos garantir que os pacientes com essas novas doenças recebam o melhor tratamento possível.
Para enfrentar os desafios que essas novas doenças apresentam e garantir que os avanços científicos se traduzam em benefícios clínicos para os pacientes em todo o mundo, é fundamental a investigação contínua e a colaboração internacional. Para chegar a tratamentos ainda mais eficazes e melhorar a qualidade de vida de todos os pacientes, continuaremos apoiando a pesquisa e a inovação.