A Importância do Diagnóstico Diferencial para Tonturas e Vertigens
Por Via Internet • 20 de março de 2020
Por Via Internet • 20 de março de 2020
Tonturas e Vertigens: A Importância do Diagnóstico Diferencial: O Diagnóstico Diferencial para Tonturas e Vertigens geralmente é um desafio. Diagnosticar a causa da tontura pode ser difícil porque os sintomas muitas vezes são inespecíficos, tornando este processo extremamente amplo.
As tonturas e vertigens estão entre os sintomas mais comuns dos pacientes que procuram atendimento médico, perdendo apenas para dores de cabeça e nas costas.
Isto é preocupante, principalmente em pacientes idosos ou com outros Déficits Neurológicos, pois a queda é uma Consequência Grave da Tontura, que pode ocasionar outras complicações.
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No entanto, algumas perguntas simples e testes de exame físico podem ajudar a alcançar o diagnóstico diferencial para tonturas e vertigens.
Neste artigo, saiba mais sobre este procedimento.
A avaliação clínica do paciente com tonturas e vertigens é minuciosa, concentrando-se na origem, na duração dos sintomas e nos fatores que provocam ou aliviam as crises.
É comum que o médico peça para o paciente descrever sua vertigem sem usar a palavra “tontura”, pois os pacientes costumam descrever instabilidade, fraqueza generalizada, síncope ou até desequilíbrio como tontura.
Dessa forma, é possível distinguir a vertigem:
Os exames auditivo, vestibular, complementar de sangue e radiológico ajudam a fechar o diagnóstico, mas devem ser realizados após a avaliação física do paciente, que levanta as principais causas suspeitas e auxilia na escolha dos exames.
Durante o exame físico, é realizada a avaliação dos sinais vitais e dos sistemas cardiovascular e neurológico do paciente. O médico também verifica a presença de:
A história do paciente pode classificar a tontura em uma das quatro categorias: vertigem, desequilíbrio, pré-síncope ou tontura. As principais causas de vertigem são vertigem posicional paroxística benigna, doença de Ménière, neurite vestibular e labirintite.
Muitos medicamentos podem causar pré-síncope, e os regimes devem ser avaliados em pacientes com esse tipo de tontura. A doença de Parkinson e a neuropatia diabética devem ser consideradas com o diagnóstico de desequilíbrio. Transtornos psiquiátricos,
como:
Quando associadas a zumbido e/ou perda auditiva, a primeira suspeita que investigamos é que as vertigens e tonturas são provenientes de distúrbios do sistema auditivo.
Nos casos em que o paciente apresenta enxaqueca com sintomas de vertigem, náuseas ou até mesmo perda auditiva leve, pode haver algum distúrbio no sistema nervoso central. Assim, é extremamente importante que o neurologista acompanhe este paciente.
A atuação do neurologista nos serviços de saúde está sendo cada vez mais necessária para a realização do diagnóstico diferencial dos casos de tonturas e sintomas relacionados.

A Importância do Diagnóstico Diferencial para Tonturas e Vertigens
A diferenciação entre a tontura periférica e a central é importante para que os pacientes encaminhados para um otorrinolaringologista sejam aqueles que necessitam de testes auditivos e vestibulares, e os pacientes com suspeita neurológica sigam o tratamento com o neurologista.
As vertigens de origem periférica incluem neuronite vestibular, vertigem de posicionamento paroxística benigna (VPPB), doença de Meniére e doença imunomediada da orelha interna.
Entre as causas de origem central, a enxaqueca é a mais comum, mas tumores acústicos, lesões vasculares do tronco cerebral ou cerebelar e desmielinização também podem provocar os sintomas.
Um estudo realizado entre 2007 e 2009 com 907 adultos que apresentavam vertigem ou desequilíbrio constatou que, destes pacientes, 49 tiveram um diagnóstico neurológico sério, como doença cerebrovascular. Entre os casos benignos, 294 pacientes tinham vertigem periférica e 121 foram diagnosticados com hipotensão ortostática.
O Doppler transcraniano também pode ser utilizado para avaliar a circulação encefálica, sobretudo os vasos sanguíneos que irrigam o tronco encefálico.
O DTC também avalia, através de manobras dinâmicas, o comportamento do fluxo sanguíneo quando o paciente muda das posições deitada para sentada e em pé. Esta avaliação é fundamental para o diagnóstico das causas vasculares e disautonômicas de vertigens.
Com base na história do paciente e nas constatações do teste físico, o médico pode formular uma base para o diagnóstico diferencial, definindo se os sintomas podem ser periféricos ou centrais e considerando testes adicionais, como audiometria, exames vestibulares e de sangue, além de tomografia computadorizada ou ressonância magnética, de acordo com os achados físicos em cada caso.
É importante considerar que os médicos responsáveis por interpretar esses exames devem ter o treinamento adequado e experiência em neurofisiologia, definindo, assim, o tratamento mais adequado para cada paciente.
Artigo publicado em: 23/08/2017,
Artigo atualizado em: 14/06/2019,
Artigo atualizado em: 20/03/2020,
Artigo atualizado em: 21/03/2020.